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quarta-feira, 11 de março de 2015

EUA volta a protestar contra o Racismo: Morte de mais um jovem negro por policial branco gera nova onda de protestos.



Na cidade de Madison, estado norte-americano de Wisconsin, um policial atirou e matou um jovem negro. Os habitantes da cidade se reuniram para protestar perto da Prefeitura, para reclamar contra a violência policial injustificada.

Nos finais do ano passado, protestos semelhantes se espalharam por todo o país, depois de uma série de assassinatos pela polícia de negros norte-americanos.


Na noite passada (de 6 a 7 de março) um policial estava a perseguir o jovem, que teria interferido com o tráfego nas estradas da cidade. A perseguição terminou no apartamento, onde eles começaram a briga. O policial usou a sua arma. Como se verificou, o jovem não estava armado. Relata-se que o seu nome era Tony Robinson.

Os manifestantes gritavam, entre outras coisas: “Em quem podemos confiar? Não na polícia! Ninguém se importa com as vidas dos negros!”
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Adolescente de 19 anos foi assassinado dentro da própria casa, segundo jornais locais; protestos se estendem pelo quarto dia consecutivo

Um jovem negro, desarmado, que segundo jornais locais, estava dentro de sua própria casa, foi assassinado por um policial branco nos Estados Unidos. A exemplo de outros casos ocorridos nos últimos meses, o fato gerou uma série de protestos em Madison, no estado de Wisconsin, no norte dos Estados Unidos.

As mobilizações contra o caráter racial das abordagens policiais se estendem pelo quarto dia seguido após a morte de Tony Robinson, de 19 anos. O policial supostamente responsável pelo assassinato foi identificado como Matthew Kenny.

Diferentemente de outros protestos motivados pela solidariedade às vítimas, a manifestações de Madison não estão encontrando eco na imprensa internacional, como denunciam os estudantes.

Centenas de estudantes universitários e do ensino médio se manifestaram pela perda de Robinson nesta segunda-feira (09/03). Eles deixaram as salas de aula e bloquearam o boulevard Martin Luther King Jr. Nesta terça (10/03), o site do departamento de polícia local sofreu um ataque cibernético. Nesta terça, mais de duas mil pessoas se reuniram para protestar e prestar solidariedade.

O chefe de polícia, Mike Koval, com um megafone, fez um pedido de desculpas não formal pela morte do jovem e ressaltou que há uma investigação em curso, mas que os manifestantes precisam “ter paciência”.

De acordo com Koval, o disparo ocorreu após uma “luta” dentro da residência onde estava Robinson.

As primeiras versões da história, relatadas por jornais universitários, relataram que o policial foi chamado devido a um “distúrbio” no apartamento.

“Vocês não estão nos protegendo” Vocês estão nos matando!”, afirmou a avó de Robinson ao participar do protesto ocorrido no sábado, um dia após a morte do jovem.

Durante o ato, familiares leram um comunicado escrito pela mãe do adolescente, Andrea Irwin: “eu não posso computar o que ocorreu. Eu não tive ainda a chance de ver seu corpo”.

O departamento de polícia disse que irá “investigar” o tiroteio. Para a família, esse tipo de declaração serve apenas como resposta para a imprensa alternativa e social. Eles também criticaram o fato de que grandes empresas de comunicação não estão dando atenção ao caso.

Cidade progressista

Conhecida por ser uma cidade liberal com vasto histórico de políticas progressistas, Madison viu-se obrigada a discutir a situação dos afro-americanos, que representam 7% da população, mas mantêm um desproporcional índice de encarceramento e crianças na pobreza.

“Madison se baseia em sua história progressista e no passado para ignorar a realidade atual”, disse o estudante da Universidade de Wisconsin Sergio Gonzalez, de 27 anos à agênciaAssociated Press. “É lamentável ser necessária a morte do jovem de 19 anos para abrir os olhos de Madison”, concluiu.

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Foto: Vizinhança fez um memorial a Robinson diante do local onde ele foi assassinado – Agência Efe

Fonte: Geledés.

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