Na cidade de Madison, estado norte-americano de Wisconsin, um policial atirou e matou um jovem negro. Os habitantes da cidade se reuniram para protestar perto da Prefeitura, para reclamar contra a violência policial injustificada.
Do não questione,
Nos finais do ano passado, protestos semelhantes se espalharam por todo o país, depois de uma série de assassinatos pela polícia de negros norte-americanos.
Na noite passada (de 6 a 7 de março) um policial estava a perseguir o jovem, que teria interferido com o tráfego nas estradas da cidade. A perseguição terminou no apartamento, onde eles começaram a briga. O policial usou a sua arma. Como se verificou, o jovem não estava armado. Relata-se que o seu nome era Tony Robinson.
Os manifestantes gritavam, entre outras coisas: “Em quem podemos confiar? Não na polícia! Ninguém se importa com as vidas dos negros!”
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Adolescente de 19 anos foi assassinado dentro da própria casa, segundo jornais locais; protestos se estendem pelo quarto dia consecutivo
por Opera Mundi,
Um jovem negro, desarmado, que segundo jornais locais, estava dentro de sua própria casa, foi assassinado por um policial branco nos Estados Unidos. A exemplo de outros casos ocorridos nos últimos meses, o fato gerou uma série de protestos em Madison, no estado de Wisconsin, no norte dos Estados Unidos.
As mobilizações contra o caráter racial das abordagens policiais se estendem pelo quarto dia seguido após a morte de Tony Robinson, de 19 anos. O policial supostamente responsável pelo assassinato foi identificado como Matthew Kenny.
Diferentemente de outros protestos motivados pela solidariedade às vítimas, a manifestações de Madison não estão encontrando eco na imprensa internacional, como denunciam os estudantes.
Centenas de estudantes universitários e do ensino médio se manifestaram pela perda de Robinson nesta segunda-feira (09/03). Eles deixaram as salas de aula e bloquearam o boulevard Martin Luther King Jr. Nesta terça (10/03), o site do departamento de polícia local sofreu um ataque cibernético. Nesta terça, mais de duas mil pessoas se reuniram para protestar e prestar solidariedade.
O chefe de polícia, Mike Koval, com um megafone, fez um pedido de desculpas não formal pela morte do jovem e ressaltou que há uma investigação em curso, mas que os manifestantes precisam “ter paciência”.
De acordo com Koval, o disparo ocorreu após uma “luta” dentro da residência onde estava Robinson.
As primeiras versões da história, relatadas por jornais universitários, relataram que o policial foi chamado devido a um “distúrbio” no apartamento.
“Vocês não estão nos protegendo” Vocês estão nos matando!”, afirmou a avó de Robinson ao participar do protesto ocorrido no sábado, um dia após a morte do jovem.
Durante o ato, familiares leram um comunicado escrito pela mãe do adolescente, Andrea Irwin: “eu não posso computar o que ocorreu. Eu não tive ainda a chance de ver seu corpo”.
O departamento de polícia disse que irá “investigar” o tiroteio. Para a família, esse tipo de declaração serve apenas como resposta para a imprensa alternativa e social. Eles também criticaram o fato de que grandes empresas de comunicação não estão dando atenção ao caso.
Cidade progressista
Conhecida por ser uma cidade liberal com vasto histórico de políticas progressistas, Madison viu-se obrigada a discutir a situação dos afro-americanos, que representam 7% da população, mas mantêm um desproporcional índice de encarceramento e crianças na pobreza.
“Madison se baseia em sua história progressista e no passado para ignorar a realidade atual”, disse o estudante da Universidade de Wisconsin Sergio Gonzalez, de 27 anos à agênciaAssociated Press. “É lamentável ser necessária a morte do jovem de 19 anos para abrir os olhos de Madison”, concluiu.
Foto: Vizinhança fez um memorial a Robinson diante do local onde ele foi assassinado – Agência Efe
Fonte: Geledés.
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