Faz um ano, nesta ultima segunda-feira (16), que perdemos Cláudia Silva. Cláudia tinha 38 anos, mãe de quatro filhos, negra e moradora do Morro da Congonha, periferia do Rio. Cláudia foi baleada no peito e depois brutalmente arrastada pela viatura da Polícia Militar por 350 metros, em Madureira. Até hoje o inquérito não foi julgado e os seis policiais acusados estão em liberdade.
Não podemos esquecer esta barbárie. Não podemos naturalizar o genocídio da população negra. Esta data nos deve lembrar que a luta pela garantia da dignidade é diária e que esta não deve ter CEP.
À época, a Comissão de Direitos Humanos da Alerj e Marcelo Freixo receberam o marido, irmão e filha de Cláudia para prestar solidariedade e disponibilizar assistência psicológica e jurídica. O nosso mandato segue na luta para que a justiça seja feita aos seus familiares.
A memória de Cláudia resiste, em nome de toda a população negra, pobre, moradora de favelas e periferias, que sangra diariamente. Cláudia, não esqueceremos!
Arte: Aline Valek
Fonte: Marcelo Freixo.
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