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segunda-feira, 13 de julho de 2015

Além da beleza: conheça Amanda Balbino, a primeira Miss DF negra



Por causa do preconceito racial, a representante do Núcleo Bandeirante havia deixado de lado a vida de modelo e a possibilidade de participar de concursos de beleza

Amanda Balbino recebeu ontem a coroa de Miss DF da vencedora do ano passado, a modelo e estudante Luisa Lopes, e representará a unidade da federação no Miss Universo. Por causa do preconceito racial, a representante do Núcleo Bandeirante havia deixado de lado a vida de modelo e a possibilidade de participar de concursos de beleza. Apesar de não morar na região administrativa, o convite para participar do concurso veio da organizadora do evento, Juliana Campos — também à frente do Miss Guará — e instigou a universitária. Seria uma última tentativa.

A obrigatoriedade de morar na região que representa caiu, o que Juliana vê com bons olhos: “Muitas vezes, a menina tem uma relação ótima com a cidade, apesar de não ser de lá ou de morar nela”. Amanda é, na verdade, moradora da Asa Norte, mas, segundo a organizadora do Miss Bandeirante, já havia participado de diversos eventos na região a convite dela — o que fez com que a jovem ficasse conhecida por na cidade e gerasse uma grande satisfação da comunidade por ser representada por ela. Juliana viu em Amanda um porte natural de miss. “Além de ser bonita e alta, ela tem o comportamento que se espera de uma miss, extremamente educada”, conta.

Desde criança, Amanda era sempre a maior da turma. Por isso, muitos sugeriam que ela se aventurasse na carreira de modelo. Quando se animou e resolveu seguir a recomendação, acabou decepcionada. “Eles queriam que eu alisasse meu cabelo, afinasse meu nariz, mudasse meus traços, então, resolvi desistir”, queixa-se. Essas foram algumas das “barreiras que muitos chamam de invisíveis” sobre as quais Amanda comenta em sua conta no Facebook e que ela teve que superar, todas baseadas no preconceito racial.

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