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sexta-feira, 4 de abril de 2014

UnB decide por reservar apenas 5% das vagas de cotas para negros






A Universidade de Brasília (UnB) colocou em votação o Sistema de Cotas para negros na UnB, a aprovação do novo modelo prevê 20% das vagas para cotas sociais destinadas para estudantes de escolas públicas, pretos, pardos, indígenas e de baixa renda. Com a alteração apenas 5% das vagas serão específicas para cotas raciais.

Conforme a Lei 12.711/12 sancionada pela presidente Dilma Rousseff, as Universidades Federais até 2016 devem reservar no mínimo 50% das vagas para negros, pardos e indígenas. O processo para concorrer às vagas de cotas exige do candidato critérios, como exemplo, conclusão do ensino médio em escolas públicas ou Educação de Jovens e Adultos (EJA), também é aceito conclusão do ensino médio pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A lei também regulamenta que, no sistema de cotas seja avaliada a renda familiar e destina metade das vagas para estudantes com renda familiar mensal por pessoa igual ou menor a 1,5 salário mínimo e a outra metade com renda maior que 1,5 salário mínimo. Na questão racial, o texto consta reserva para pretos, pardos e índios.

Desde a sua implantação em 2013, a Lei 12.711 tem aumentado o número das cotas de forma gradual, iniciou com 12,5 % e neste ano aumentou para 28%.

A UnB oferece 107 cursos de graduação, atualmente são 3.401 alunos que entraram pelo sistema de cotas.

Para o estudante do curso de Filosofia da UnB, David Almeida, “foi um retrocesso, apenas 5% das vagas para cotas raciais, o ideal é 20%”.

Já para Daniel Costa, aluno do curso de pós-graduação em artes, “a UnB está sendo protagonista no sistema de cotas raciais e está ampliando a política já implantada pelo Governo Federal. A Lei 12.711 não limita o percentual de negros para preencher as vagas de cotas, hoje a UnB está sendo pontual reservando 5 % de cotas raciais para os estudantes negros”.

Segundo o secretário da Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial, Viridiano Custódio, “para os estudantes negros a decisão é prejudicial, a UnB foi pioneira na implantação no sistema de cotas para negros, o modelo tem sido adotado por outras universidades, agora com este retrocesso, a política de inclusão foi desfavorecida”.

Fonte: SEPIR/DF

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