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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

NOTA DE REPÚDIO. CLAMAMOS POR RESPEITO E JUSTIÇA



NOTA DE REPÚDIO.

Entidades podem mandar seus nomes para serem colocados na nota. 
Basta colocar o nome nos comentários deste post. ou mandem pra mim que eu encaminho.

CLAMAMOS POR RESPEITO E JUSTIÇA

Consternados manifestamos nossa dor e repúdio diante da morte de seis pessoas, ocorridas na madrugada deste domingo, 14/02, após colisão frontal entre dois veículos, ocorrida em Formosa (GO).

Cinco jovens, ao não pararem em uma abordagem policial, foram perseguidos entre Planaltina-DF e Formosa-GO por diversas viaturas da Polícia Militar do DF. Ao ocorrer a colisão, os policiais, conforme se vê em vídeo que circula na internet, retiraram os corpos dos jovens, amontoando-os e ofendendo-os, de forma covarde. Um policial, dizia ao garoto de 13 anos, que sobreviveu à colisão, contorcendo-se no chão, mas que veio a falecer depois: "não chora não, morre como homem".
Se a PMDF tivesse cumprido seu papel de forma profissional, provavelmente mortes teriam sido evitadas.

Diversas viaturas perseguiram o automóvel com os garotos até a colisão, tendo os corpos sido retirados do carro, jogados e amontoados no chão como se lixo fossem, enquanto o sobrevivente que ainda se mexia, chorava e pedia socorro, e era desdenhosamente ofendido por um policial.

É preciso apurar a ação dos policiais militares do DF, pois o ato se configura em crime conforme previsto no art. 121, parágrafo 4 do Código Penal brasileiro, que considera homicídio culposo e aumenta a pena no caso do agente em exercício da profissão que deixar de prestar imediato socorro à vítima.

Os jovens estudavam e trabalhavam, e a polícia não tem o direito de julgar e condenar, como ocorreu e como comprovam as imagens do citado vídeo. Mesmo com um dos jovens com passagem pela polícia, em qualquer circunstância a polícia não teria o direito de fazer o que fez. O fato mostra policiais despreparados para dar segurança à sociedade. Morreram, durante o acidente, além do motorista do outro carro, os seguintes jovens: Welington (13), Carlos Henrique (15), Caio Jonatas (17), Gabriel (17), e David Matos (18).

Por outro lado, chama a atenção a falta de equipamentos públicos relacionados à cultura, ao trabalho e ao lazer na região de Planaltina e em toda a periferia do DF. O que há de sobra para as crianças e jovens dessas regiões, tem sido a morte, a marginalidade e a falta de oportunidades que assegurem a formação de cidadãos que possuam a plena cidadania.

É preciso dar as condições adequadas para o desenvolvimento psicosocial e as oportunidades adequadas aos jovens residentes nas periferias, oferecendo essas condições. A Polícia Militar precisa ser preparada para respeitar a vida, a juventude e todo o povo, assim como é necessária a desmilitarização das polícias de todo o Brasil.

Basta de violência contra os jovens filhos de trabalhadores. A cada dia acontecem mais denúncias de assassinatos de jovens pobres, negros e residentes das periferias praticados por policiais.

Exigimos a imediata apuração e punição dos responsáveis pela barbárie que matou os jovens de Mestre D'Armas, Planaltina, DF.

Assinam:
Sigenaldo Souza Alencar, pai e Neli Ribeiro, mãe de Carlos HenriqueRaimundo Neto Ribeiro, pai e Maria Lucia, mãe de Caio Jonatas
Jucelino E. de Matos, pai de Davi...

Fonte: Maria Belum.

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