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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Jogadores da NBA aderem às mobilizações contra a violência policial nos EUA. E as marchas e protestos contra o racismo levam norte-americanos às ruas


I CAN'T BREATHE 

Jogadores da NBA aderem às mobilizações contra a violência policial nos EUA. "I can´t breathe" ("eu não consigo respirar") foram as últimas palavras de Eric Garner antes de ser executado por policiais em Julho desse ano, quando, mesmo imobilizado por cinco agentes em Nova York e tendo repetido 11 vezes que não conseguia respirar, não foi liberado e morreu. Como no caso de Mike Brown, um laudo técnico comprovou a causa do homicídio, no entanto o judiciário decidiu por não punir os acusados.
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Milhares de norte-americanos foram às ruas na noite de ontem (13) em manifestações em defesa da igualdade racial e contra o racismo. Moradores de Atlanta, Nova York, Boston, São Francisco e de Washington realizaram os protestos. Crianças, jovens e adultos, negros e brancos, participaram dos eventos motivados pela morte de afro-americanos por policiais, no estado de Missouri e em Nova York.

Por Leandra Felipe no Agência Brasil,
Em Nova York, onde mais de 30 mil pessoas foram às ruas, de acordo com as organizações que promoveram o protesto, a marcha foi chamada de Milhões Marcham em NYC e percorreu parte da zona sul da Ilha de Manhattan até chegar à sede da polícia na cidade. Com o protesto, organizado pelas redes sociais, a população pediu uma resposta contundente por parte do Estado e a punição dos envolvidos no assassinato dos afro-americanos.

Nas marchas, os manifestantes levavam cartazes com frases “Nenhum mais” e “As vidas dos negros importam”.

Dois casos emblemáticos vêm motivando os protestos nos Estados Unidos. O primeiro deles é uma decisão da Justiça, proferida no começo deste mês, de não “imputar crime” ao policial acusado de assassinar, em agosto, em Fergunson (Missouri), o jovem afro-americano Michael Brown. O segundo diz respeito à morte do afro-americano Eric Garner, assassinado em julho, em Nova York. Vídeos mostraram policiais espancando o afro-americano de 43 anos que morreu estrangulado. No caso de Garner, a Justiça também não levou o julgamento adiante sob a alegação de que não havia provas contundentes contra os envolvidos.

Familiares e defensores de direitos civis alegam que os dois estavam desarmados e que a ação da polícia foi violenta, motivada pelo racismo.

Após os episódios, o presidente Barack Obama tem repetido que é inadmissível que eventos como esses continuem ocorrendo. O discurso, entretanto, não agrada às entidades defensoras dos direitos civis e da luta pela igualdade racial nem analistas sociais do tema.

Para eles, a administração de Obama tem “discurso”, mas pouca ação efetiva na promoção da igualdade racial e da justiça para casos de abuso de autoridade cometidas contra pessoas afro-americanas.


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