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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Câmara pergunta opinião da população sobre investigação dos “autos de resistência”



Pesquisa sobre o PL 4471 ocorre no site da Casa. “A oposição se organizou e tem convocado muita gente para votar contra. Temos de dar uma resposta e evitar que eles usem a enquete como argumento de que a população é contrária à investigação das mortes causadas por maus policiais”, afirma o deputado federal Paulo Teixeira (PT), um dos autores do projeto.

A Câmara dos Deputados está promovendo uma pesquisa, em seu site, sobre o PL 4471/2012, que determina a investigação de mortes e lesões cometidas por policiais. A Casa quer saber se a população é favorável ao projeto e o resultado final pode influenciar a votação da matéria.

O projeto pode ser votado, na Câmara, na próxima quarta-feira (10) e é motivo de mobilização de movimentos sociais, em especial o movimento negro. Na última quinta-feira (4), um protesto, em São Paulo, pediu a aprovação do projeto.

“A população tem que dizer “sim” porque todo ano, 56 mil pessoas são assassinadas e 77% são negros. Não podemos, também, continuar convivendo com um Estado que mata tanto e nada se faz, temos que investigar, temos que dizer “sim” para o PL 4471″, defende Juninho Jr, do coletivo Círculo Palmarino, de Embu das Artes.

“É fundamental todo tipo de mobilização. Pelo Twitter, enviando mensagens para os líderes dos partidos, indo para Brasília para abordar os parlamentares nos corredores, e também votando na enquete. A oposição se organizou e tem convocado muita gente para votar contra. Temos de dar uma resposta e evitar que eles usem a enquete como argumento de que a população é contrária à investigação das mortes causadas por maus policiais. A população em peso apoia a proposta”, afirma o deputado federal Paulo Teixeira (PT), um dos autores do PL.

A aprovação do PL 4471 vai determinar novas diretrizes para a investigação dos chamados “autos de resistência seguida de morte”. A justificativa, bem comum em ocorrências de letalidade policial, passaria a ser apurada com mais rigor. A cena do crime terá que ser preservada, o socorro dos feridos em confrontos com agentes policiais ficará proibido e o local deverá ser completamente fotografado, para facilitar o trabalho pericial.

Até o fechamento desta matéria, haviam sido computados 12.066 votos, sendo que 51,22% contra e 48,27% favoráveis.

Fonte: Geledés

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