Os dados fazem parte do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que registrou 11.197 homicídios cometidos por policiais no país; Enquanto isso, a polícia estadunidense registrou 11.090 em 30 anos
por Brasil de Fato,
Recente levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) que compõe o Anuário Brasileiro de Segurança Pública revela que, em cinco anos, a polícia brasileira levou a óbito ao menos 11.197 pessoas, mais do que a polícia estadunidense ao longo de 30 anos (11.090 pessoas).
De acordo com o relatório, a tropa mais letal está no Rio de Janeiro, seguido por São Paulo e pela Bahia. Nestes cinco anos, só em 2012 o Rio ficou em segundo lugar, perdendo para São Paulo, onde foram registradas 583 mortes contra 419 registradas pela polícia carioca.
O número de policiais mortos também aumentou de 2012 para 2013 passando de 447 para 490. A média nacional é de 1,34 policial assassinado por dia. Desde 2009, 1.170 agentes foram mortos e a maioria dos casos aconteceu quando o profissional não estava em serviço. O estado do Rio de Janeiro é o que possui o maior número de policiais assassinados fora de serviço, com 104, seguido de São Paulo, com 90, e Pará, com 51.
A maioria dos Estados brasileiros não tinham, até pouco tempo, controle das mortes praticadas por policiais em serviço. Apenas 11 das 27 unidades federativas apresentaram a contabilidade solicitada pelos pesquisadores do Fórum.
Pela primeira vez o Anuário inclui também dados sobre os custos da violência. Em 2013, estes custos chegaram a R$ 258 bilhões, o que equivale a 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB) produzido pelo país. A maior parte dos gastos refere-se à perda de capital humano.
“Jeitinho”
Outro levantamento presente no Anuário e feito pela Fundação Getúlio Vargas em oito estados brasileiros, revela que 57% dos entrevistados acreditam ser possível desobedecer as leis e 81% dizem que é sempre possível “dar um jeitinho” para não cumpri-las.
Algumas análises dizem que esses dados são fortes sinais de que a população convive diariamente com a sensação de impunidade. É em Brasília que está a maior parte das pessoas que acham que é possível “dar um jeitinho”.
Fonte: racismoambiental.
Nenhum comentário:
Postar um comentário