por Miguel do Rosário,
O jornal The Guardian fez uma crítica interessante à Copa que até agora não mereceu nenhum comentário de nossa imprensa. Matéria assinada por David Goldblatt fala que, enquanto os gramados (em inglês, pitch) mostram a miscigenação intensa dos países latino-americanos, cujas seleções tem se destacado no torneio, as arquibancadas (stands, em inglês) contam uma “história diferente”.
Chamou a atenção do repórter (eu também já havia reparado nisso, mas na torcida brasileira), a hegemonia absoluta de cidadãos de ascendência europeia nas torcidas das nações latinas.
É evidente que o fato reflete as desigualdades históricas no continente, uma realidade que explica a emergência de governos populares, progressistas, com políticas públicas visando mudar esse quadro.
A matéria faz informações e análises bem mais completas do que o resumo deste post. O problema não acontece apenas nas torcidas latino-americanas, mas de quase todos os países.
Houve incidentes de racismo entre argentinos e mexicanos e observou-se a presença de faixas com inscrições de extrema-direita ou mesmo fascistas, entre torcedores da Croácia e da Rússia.
Ao final, o jornalista alerta que o mundo deveria se preocupar, na organização de um evento que deveria celebrar a diversidade, a paz e o pluralismo, em aumentar a diversidade social e étnica das torcidas.
Fonte:Jornal Ggn
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