A produção Rumo depende de financiamento coletivo para ser viabilizada
por Samara Schwingel*
Bruno Victor dos Santos e Marcus Azevedo são formados em audiovisual pela Universidade de Brasília (UnB), abriram um financiamento coletivo on-line para a produção do segundo filme dos dois juntos: Rumo, um documentário-ficção sobre a história de 15 anos do sistema de cotas para negros, instituído pela Universidade de Brasília (UnB). Para o projeto sair do papel, é necessário que o financiamento coletivo voltado para a produção da obra chegue a meta mínima de R$ 5 mil. Até o momento, o marco não foi atingido e o prazo vai até 25 de junho. O filme tem como tema central os quinze anos de cotas raciais na UnB, primeira instituição a estabelecer o sistema no Brasil, em 2003. Os jovens são os mesmo diretores do curta Afronte, lançado em 2017.
A produção Rumo será um doc-ficção, ou seja, vai misturar partes documentais com ficção. Segundo Bruno, o filme tem uma importância social e representa a população negra, periférica e LGBTI. “Queremos mostrar as lutas traçadas dentro do ambiente universitário e dos negros que lutaram para instituir as cotas como política pública”, diz. "Quantos de nós foram os primeiros de suas famílias a entrar numa universidade? Isso é muito representativo", afirma.
Além disso, o diretor acredita que a obra é uma forma de gerar discussão e entendimento acerca do assunto. “Essas vivências geralmente não são contadas no cinema nacional. Muita gente, por não entender o funcionamento do sistema de cotas, acaba sendo contra ele”, explica. “Com a produção, esperamos que a sociedade entenda a importância dessa política”, afirma.
Marcus acredita que apesar dos 15 anos de cotas na UnB, ainda há muitas pessoas que não são bem informadas sobre o assunto. “Muitos alunos tiveram acesso à educação por causa desse sistema”, conta. O jovem afirma que Rumo vai contar a história de uma mãe e um filho que tentam ingressar na universidade por meio das cotas.
Marcus explica que o primeiro filme teve um engajamento maior em relação a apoio no financiamento. “Já está quase acabando o prazo e não batemos a primeira meta. Gostaria de dizer para as pessoas que é importante apoiar o cinema brasileiro para que as produções sejam sobre o cotidiano e englobe a população negra”, afirma. “É importante falarmos de nós e mantermos produções que reflitam a realidade.”
Afronte
O curta produzido por Bruno e Marcus e lançado em 2017 está no segundo ano de festivais. A obra recebeu o prêmio Saruê no 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e de melhor curta no Festival Mix Brasil. Também realizado por meio de financiamento coletivo, o filme é considerado um sucesso por seus produtores.
O financiamento coletivo de Rumo
A data de limite para a arrecadação do mínimo de R$ 5 mil é até 25 de junho. Sem atingir essa marca, Bruno e Marcus não poderão retirar nenhuma quantia já doada. Para ajudar, acesse o site Benfeitoria. Doações a partir de R$15 oferecem diversos tipos de prêmios para os doadores.
por Samara Schwingel*
Bruno Victor (E) e Marcus Azevedo (D)
Bruno Victor dos Santos e Marcus Azevedo são formados em audiovisual pela Universidade de Brasília (UnB), abriram um financiamento coletivo on-line para a produção do segundo filme dos dois juntos: Rumo, um documentário-ficção sobre a história de 15 anos do sistema de cotas para negros, instituído pela Universidade de Brasília (UnB). Para o projeto sair do papel, é necessário que o financiamento coletivo voltado para a produção da obra chegue a meta mínima de R$ 5 mil. Até o momento, o marco não foi atingido e o prazo vai até 25 de junho. O filme tem como tema central os quinze anos de cotas raciais na UnB, primeira instituição a estabelecer o sistema no Brasil, em 2003. Os jovens são os mesmo diretores do curta Afronte, lançado em 2017.
A produção Rumo será um doc-ficção, ou seja, vai misturar partes documentais com ficção. Segundo Bruno, o filme tem uma importância social e representa a população negra, periférica e LGBTI. “Queremos mostrar as lutas traçadas dentro do ambiente universitário e dos negros que lutaram para instituir as cotas como política pública”, diz. "Quantos de nós foram os primeiros de suas famílias a entrar numa universidade? Isso é muito representativo", afirma.
Além disso, o diretor acredita que a obra é uma forma de gerar discussão e entendimento acerca do assunto. “Essas vivências geralmente não são contadas no cinema nacional. Muita gente, por não entender o funcionamento do sistema de cotas, acaba sendo contra ele”, explica. “Com a produção, esperamos que a sociedade entenda a importância dessa política”, afirma.
Marcus acredita que apesar dos 15 anos de cotas na UnB, ainda há muitas pessoas que não são bem informadas sobre o assunto. “Muitos alunos tiveram acesso à educação por causa desse sistema”, conta. O jovem afirma que Rumo vai contar a história de uma mãe e um filho que tentam ingressar na universidade por meio das cotas.
Marcus explica que o primeiro filme teve um engajamento maior em relação a apoio no financiamento. “Já está quase acabando o prazo e não batemos a primeira meta. Gostaria de dizer para as pessoas que é importante apoiar o cinema brasileiro para que as produções sejam sobre o cotidiano e englobe a população negra”, afirma. “É importante falarmos de nós e mantermos produções que reflitam a realidade.”
Afronte
O curta produzido por Bruno e Marcus e lançado em 2017 está no segundo ano de festivais. A obra recebeu o prêmio Saruê no 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e de melhor curta no Festival Mix Brasil. Também realizado por meio de financiamento coletivo, o filme é considerado um sucesso por seus produtores.
O financiamento coletivo de Rumo
A data de limite para a arrecadação do mínimo de R$ 5 mil é até 25 de junho. Sem atingir essa marca, Bruno e Marcus não poderão retirar nenhuma quantia já doada. Para ajudar, acesse o site Benfeitoria. Doações a partir de R$15 oferecem diversos tipos de prêmios para os doadores.
Fonte: correiobraziliense
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