O evento acontecerá no Teatro Arena do campus Darcy Ribeiro e terá representantes da ONU Mulheres Brasil
Por Camila Costa,
Está previsto para segunda-feira, às 15h30, um ato oficial contra a violência, no teatro de arena do campus Darcy Ribeiro. A convocação foi feita em nome da Universidade de Brasília (UnB) para que alunos, professores, técnicos-administrativos e toda a comunidade se unam em uma homenagem à estudante Louise Maria da Silva Ribeiro, 20 anos, assassinada em um laboratório da universidade. O evento contará com a participação de membros da administração superior, docentes da Universidade e representantes da ONU Mulheres Brasil.
Em nota, a UnB reiterou a indignação com o crime e o pesar pela morte violenta da aluna. “A instituição se solidariza com a família e os amigos de Louise e se coloca à disposição para conceder o apoio necessário”, declarou em sua página na internet. A UnB também informou que tem reforçado a segurança no Darcy Ribeiro com ações como o policiamento ciclístico – feito por 20 policiais militares do 3º Batalhão da PM – e a criação de um número de Whatsapp para receber denúncias.
As manifestações de repúdio pela morte de Louise começaram ainda ontem. Amigos, professores e estudantes da Universidade de Brasília (UnB) receberam com tristeza e indignação a notícia da morte da colega. Não foi possível conter o desespero. Muitos amigos próximos da estudante precisaram de atendimento psicológico e apoio dos socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). No fim da tarde de ontem, cerca de 100 alunos se juntaram no Anfiteatro da UnB para expor a violência contra as mulheres e pedir mais segurança no campus.
Aos poucos, todos foram sabendo do que tinha acontecido. Uma amiga de Louise desmaiou ao saber do crime. Outra, precisou ser amparada pelos pais. Até quem não conhecia a jovem ficou consternado com o assassinato. Na entrada do Instituto de Ciência Biológicas (ICB), funcionários da UnB fixaram um comunicado de que as aulas haviam sido suspensas. A direção decretou luto de três dias. “Não eram pessoas com histórico violento”, afirmou a diretora do ICB, Andréa Maranhão.
Aluna do 6º semestre de biologia, Raíssa Alarcão, conhecia o suposto assassino, Vinícius Neres. Para ela, foi uma surpresa. “Eu ainda não consigo acreditar. Ele era uma pessoa extremamente tranquila”, lembrou. Segundo a integrante do Diretório Central dos Estudantes (DCE) Dayse Rodrigues é preciso dar um basta na violência contra a mulher. “Infelizmente, é um problema estruturado na sociedade. Mas, quando ocorre em um ambiente onde deveríamos nos sentir mais seguras, surge um grito de alerta para que medidas efetivas sejam tomadas”, declarou.
Fonte: Correio Braziliense.
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