A unidade de saúde chegou a ser isolada durante duas horas
Um homem com suspeita de ebola deu entrada no hospital Santa Lúcia, na Asa Sul, durante a madrugada desta quinta-feira (23/10). Segundo a assessoria da unidade, foi estabelecido o protocolo de emergência no início da manhã e o local teve que ser isolado por pouco mais de duas hora. O paciente, que é um comissário de bordo de uma empresa do Panamá, ainda passa por exames. No entanto, o hospital a Anvisa e Servidores do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do GDF descartaram a suspeita de contaminação do vírus.
Funcionários em frente ao hospital Santa Lúcia, na Asa Sul
O infectologista do hospital José David Urbaez descartou a possibilidade da doença e explicou que o mais provável é que o paciente tenha tido uma intoxicação alimentar. A suspeita de contaminação com o ebola foi levantada na noite de ontem por médicos do aeroporto. O rapaz, que tem aproximadamente 30 anos, apresentava febre e diarreia. O médico ressaltou que as medidas de segurança foram excessivas, mas mostrou o preparo da equipe de saúde.
O especialista destacou ainda que só pode ter suspeita de ebola quem teve contato com algum país da África nos últimos 21 dias, período de incubação do vírus. O comissário está consciente e afirmou que nunca foi ao continente.
O diretor clínico do hospital, André Braga, afirmou que, embora a suspeita tenha sido descartada, o comissário chegou ao local com o carro da empresa onde trabalha acompanhado de outros funcionários e entrou na unidade de saúde sem nenhum tipo de proteção. "As medidas preventivas só foram tomadas no Santa Lúcia", disse. No total, cinco pessoas tiveram contato direto com o paciente, que deve receber alta nesta tarde. De acordo com a assessoria do Santa Lúcia, os médicos também fizeram exames para checar a possibilidade de febre chikungunya.
Cascavel
O primeiro caso suspeito de ebola no país foi registrado em Cascavel, no Paraná. O africano Souleymane Bah chegou ao Brasil com visto de turista pelo Aeroporto de Guarulhos (SP), em 19 de setembro. Por ter vindo de Guiné, onde há surto da doença, em um período inferior a 21 dias, tempo de incubação do vírus, foi considerado suspeito. Dois exames foram realizados e a hipótese foi descartada.
Transmissão
O vírus é transmitido por fluídos corporais de pessoas animais infectados. Os principais sintomas são febre, dores de cabeça, nos músculos, articulações, e garganta seca. Em casos avançados, pode haver hemorragia.
Guiné, Serra Leoa e Libéria são os três países com maior número de casos e mortes pela doença no mundo.
Fonte: correiobraziliense
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