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terça-feira, 19 de agosto de 2014

Marcha pela vida do povo negro: presente!


Neste 22 de agosto, sexta-feira, cidadãos em várias capitais brasileiras, e defronte a embaixadas do Brasil em diversos países do mundo, marcham a favor da vida de negras e negros.

Abdias do Nascimento discursa na tribuna do Senado Federal, em denúncia contra o massacre de afrobrasileiros

O Genocídio do Negro Brasileiro, sobre o qual escreveu há meio séculoAbdias do Nascimento(1914-2011), em livro paradigmático, é o modus operandi do Estado no Brasil desde priscas eras coloniais até a RSP (República Sindicalista Petista) de 2003 para hoje.

Agora faz nove anos que a entidade Quilombo-X articula uma rede de ativistas, intelectuais e gente do povo. A maioria, vítima da violência do Estado seja em ações das polícias, seja nas delegacias e penitenciárias.

É o Quilombo X que capitania o movimento. Faz escola pelo país ao organizar a campanha “Reaja ou será morta! Reaja ou será morto!“, contra o extermínio da juventude negra, depois do brutal assassinato pela polícia baiana de um jovem negro em 2004.

A Marcha anual tornou-se, ao longo do tempo, em um dos mais importantes eventos do calendário de lutas contra a hipocrisia do racismo brasileiro. Tem se constituído em um evento de dimensões nacionais, com repercussão nos Estados Unidos e em países da Europa a exemplo da Espanha.

Neste 2014, em Salvador, a concentração para a Marcha acontece a partir das 14h nas proximidades do Quartel da Polícia Militar no Largo dos Aflitos, zona central da cidade.

Dali a multidão segue em protesto até a Praça da Piedade, quando realiza um ato simbólico em frente à sede antiga do Secretaria de Segurança Pública do estado da Bahia.

O governo de coalizão de Jaques Wagner, com todos os seus apaniguados e parceiros, que pague pelo banho de sangue do qual se mostra conivente desde que assumiu o controle da máquina em 2006.

Radicalmente apartidária e sem padrinhos políticos, a Marcha contra o extermínio do povo negro é um passo na direção da derrota eleitoral dos oportunistas, que, inclusive em anos recentes, tutela parte da liderança negra organizada na Bahia.

Gente que se cala com a profusão de cadáveres que torna esse um dos estados brasileiros que lidera a matança de jovens negros no mundo! É só ler o Mapa da Violência 2013.


A desculpa esfarrapada do governo para o descontrole dos assassinatos, muitos de autoria policial: trata-se de disputa por drogas. Pode, Adelaide? Tá bom, conta outra, hipócritas!

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