Motivo
é a falta de cuidados na atenção primária à saúde. Mas essa situação é a
melhor já registrada, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira
pela agência da ONU e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Melhorias
no acesso e na qualidade de serviços de atenção primária à saúde
permitiram que as mortes de crianças recém-nascidas diminuíssem pela
metade desde o ano 2000, enquanto as mortes de mães caíram cerca de 30%,
de acordo com um relatório publicado nesta quinta-feira (19) pelo Fundo
das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela Organização Mundial
da Saúde (OMS).
Apesar disso, a cada 11 segundos, uma mulher grávida ou bebê ainda morrem em algum lugar do mundo.
“Em países que oferecem a todos serviços de saúde de alta qualidade e com preços acessíveis, as mulheres e os bebês sobrevivem e prosperam”, diz o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em comunicado. “Esse é o poder da cobertura universal da saúde.”
De acordo com o relatório, para evitar essas mortes são essenciais:
- acesso a água limpa e potável;
- acesso a nutrição básica;
- acesso a medicamentos básicos;
- acesso à vacinação.
A
meta global é de reduzir as mortes maternas para menos de 70 a cada 100
mil partos de crianças vivas, até 2030. No caso de recém-nascidos, o
objetivo é chegar à mortalidade de 12 para cada 1.000 nascimentos de
crianças vivas. E para crianças com até 5 anos, a meta é chegar a 25
para cada 1.000 partos.
Das crianças que morrem com mais de um mês
de idade, a maioria morre por doenças como pneumonia, diarreia e
malária. Mas em crianças maiores, segundo a Unicef, acidentes de
trânsito e afogamentos também causam mortes e deficiências.
Estimativas oficiais
As duas organizações internacionais estimam que 6,2 milhões de crianças com idade inferior a 15 anos tenham morrido em 2018, e mais de 290 mil mulheres perderam a vida por causa de complicações na gravidez ou no parto, no ano de 2017.
Do total de mortes infantis, 5,3 milhões
ocorreram nos primeiros 5 anos de vida. E quase metade dessas mortes
foram no primeiro mês de vida.
O risco de morte em crianças é mais
alto no primeiro mês de vida, quando o organismo ainda está pouco
desenvolvido e apresenta baixa capacidade de defesa. A questão é ainda
mais grave quando a criança nasce prematura, abaixo do peso ou pequena
demais. Além disso, complicações durante o parto, má formação ou
infecções podem causar a morte de bebês logo no início da vida.
Segundo o relatório, cerca de um terço dessas mortes ocorrem logo no primeiro dia de vida. E quase 75% delas, na primeira semana.
“Um
nascimento é uma situação alegre em todo o mundo. Mas. a cada 11
segundos, um nascimento é uma tragédia em alguma família”, comentou a
diretora executiva da Unicef, Henrietta Fore.
A redução da
mortalidade infantil e materna se deve principalmente a um progresso
gradual nos sistemas de saúde locais. Desde 1990, a queda nas mortes de
crianças com menos de 15 anos foi de 56%, passando de 14,2 milhões para
6,2 milhões em 2018. Os países do Leste e do Sudeste da Ásia foram os
que mais melhoraram: as mortes de bebês com menos de 5 anos caiu 80%.
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