Angelita Amarante, atual diretora da primeira instituição pública de ensino do Plano Piloto
(foto: Mariane Silva/Esp. CB/D.A Press)
Estudos sobre o solo, planejamentos urbanísticos, compra de materiais de infraestrutura e contratação de empreiteiras. Há quem acredite que esse era o princípio da construção de uma cidade projetada para ser símbolo da transformação do país, como foi Brasília. Mas as palavras de Juscelino Kubitschek, em maio de 1960, mostraram uma outra visão. Dentro da primeira instituição de ensino da nova capital, JK afirmou que era ali o ponto de partida do moderno programa da República. Em meio ao barro de uma cidade ainda em construção, o então presidente entendeu que a educação de qualidade teria o poder de erguer a Brasília dos sonhos. Assim ganhava vida a Comissão de Administração do Sistema Educacional de Brasília (Caseb), que pensou ainda o funcionamento da Escola Parque 308 Sul. As primeiras instituições de ensino da região administrativa de Brasília são temas da sétima reportagem da série Brasília sexagenária.
A comissão tinha como objetivo definir cada detalhe do planejamento pedagógico da cidade, com a missão de instalar aqui um ensino integrado, democrático e criativo, que se preocupasse com o desenvolvimento cultural, social, físico e profissional dos alunos. Afinal, era na escola que começava a ideia de um novo Brasil. “O que a história diz é que Juscelino era um visionário e revolucionário. Para trazer uma educação de qualidade, ele fez um concurso de professores com salário e condições muito atrativos, como garantir a liberdade de ensino, oferecer vencimento quatro vezes maior do que a média, alimentação e moradia. Então, educadores de ponta foram contratados e a Caseb se transformou em escola, hoje conhecida como Centro de Ensino Fundamental (CEF) Caseb”, lembra a atual diretora, Angelita Amarante.
A primeira aula da primeira escola da cidade de Brasília ocorreu em 16 de maio de 1960, reunindo estudantes de várias partes do país. “Era a única escola públicaque tinha no Plano Piloto, então recebeu os filhos de diversos pioneiros. Tivemos filhos de senadores, deputados, secretários de Estado, candangos. Todos recebendo uma educação de qualidade”, afirma Angelita. Três dias depois, a instituição recebeu a aula inaugural, com direito à participação de JK, do ministro da Educação e Cultura, Clóvis Salgado; e do prefeito de Brasília, Israel Pinheiro. “Nenhum acontecimento é mais auspicioso para esta cidade, depois de sua fundação, do que o ato que aqui nos reúne”, afirmou Juscelino, em discurso.
Até hoje, o CEF Caseb carrega símbolos daquele dia 19. Entre eles, o piano em que a artista e professora Neusa França compôs o Hino de Brasília. Anete Vidal, 71 anos, foi aluna de Neusa e lembra com carinho os anos que passou na escola, entre 1962 e 1965. “Minha família tinha saído dos Estados Unidos e vindo a Brasília por conta do emprego do meu pai, mas não senti tanto contraste, porque o ensino do Caseb era ótimo, com professores de primeiro mundo. Eu me sentia uma criança privilegiada com aquelas aulas de música, desenho, cozinha, marcenaria”, descreve. Anete acredita que aquela pedagogia era revolucionária, moderna e necessária.
Neusa França, compositora do Hino de Brasília (foto: Edílson Rodrigues/CB/D.A Press)
(foto: Mariane Silva/Esp. CB/D.A Press)
“Um colégio completo, que dava a possibilidade de entender o mundo lá fora, como indivíduo e profissional. Foi uma abertura de cabeça. Na aula de desenho, por exemplo, o professor colocava um jarro de planta na mesa, a gente quadriculava o papel e passava o desenho para lá, aprendendo noções de arte, espaço, disciplina, concentração, tudo ao mesmo tempo. Era maravilhoso!”, lembra. O contraste que Anete encontrou veio em 1964, com a ditadura militar. “Lembro-me dos professores fazendo paralisações e a polícia indo à escola, arrebentando os alambrados, atacando os ônibus que levavam os pedagogos. Foi uma agressividade muito grande que chocou as crianças. Nós éramos pequenos e vimos nossos professores sendo agredidos. Isso era muito fora do normal, porque eles eram respeitados”, diz.
Esporte para a vida
Pedro Rodrigues, 86, passou pelos melhores e mais difíceis anos da instituição. Ele viveu a integração de conteúdos e saberes na prática nos 21 anos de docência na escola. “Saí de Minas Gerais, que tinha um projeto bom de educação também, mas na capital era diferente. Meu salário aqui foi cinco vezes maior do que lá e a valorização do professor era muito grande”, conta. O aposentado deu aulas de educação física no Caseb, acompanhou construções de quadras e faz questão de se lembrar que as atividades eram pensadas de forma completa. “O ginásio foi feito às pressas, em 23 dias, com obras que duravam dia e noite. Mas a preocupação não era só o esporte. O nosso programa ensinava que a educação física educava corpo e mente. Isso era muito bom para os alunos e marcou muitas pessoas”, pontua.
A quadra recebeu nomes históricos para o esporte do país. Foi nela que Galvão Bueno, por exemplo, viveu a paixão pelo basquete. Um trecho do livro bibliográfico do narrador conta da influência do professor do Caseb nesse processo. “Pedro Rodrigues, meu técnico, foi uma das pessoas mais importantes na minha vida e na minha formação”, conta Galvão na obra. O professor aposentado morre de orgulho: “Ele foi meu orientando e um dos vários alunos que marcaram e vieram a se tornar motivo de admiração dos contemporâneos.”
Paulo César Valença (foto: Mariane Silva/Esp. CB/D.A Press)
Escola Nova
» Anísio Teixeira, educador, é referência na pedagogia nacional. Fez parte de um grupo de pedagogos que buscou modernizar o ensino no país, buscando liberdade e democratização, entre outros ideais. As pesquisas do grupo deram início ao movimento chamado de Escola Nova, que deu origem ao “Manifesto da Escola Nova”, em 1932. Entre outras realizações, estão trabalhos como a criação da Universidade do Distrito Federal, no Rio de Janeiro, em 1935, a nomeação para Conselheiro de Ensino Superior da Unesco, a direção do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (Inep) e participação na fundação da
Universidade de Brasília (UnB).
Caseb
» Área: 55.000 m²
» 4 quadras esportivas
» 1 ginásio, refeitório, secretaria, pátio cultural, laboratório de informática e auditório
» Ex-alunos famosos: Edward Cattete Pinheiro, Galvão Bueno, Lucélia Santos, Luiz Estevão, Nelson Piquet, Paulo Octávio, Pedro Parente, Renan Calheiros, entre outros.
Premiações
O Caseb desenvolve desde 2014 o projeto Matemática é Para Todos (MEPT), no contraturno escolar. Em 2019, cerca de 70 alunos participaram de atividades, que são voltadas à resolução de problemas em grupos colaborativos. O trabalho rendeu 16 premiações de alunos e duas de professores na Olimpíada Brasileira da Matemática em 2019. Por conta desse bom desempenho em competições, os estudantes do Caseb têm conseguido, desde de 2017, bolsas no Programa de Iniciação Científica na UnB. Em agosto de 2019, o projeto MEPT recebeu o prêmio “Práticas Inovadoras na Educação Pública do DF”, da Câmara Legislativa.
Você sabia?
Em 1969, o Caseb recebeu a visita de Edson Arantes do Nascimento, o rei Pelé, para inaugurar a ala de esportes dedicada a ele.
Escola Parque
Plano de Construções Escolares de Brasília
Previa, a cada quatro quadras, a construção de uma escola parque, destinada a atender, em dois turnos, com cerca de dois mil alunos oriundos das quatro escolas classe das quadras vizinhas. As atividades propostas orientavam para a iniciação ao trabalho, voltado a meninos e meninas de 10 a 14 anos, em pequenas oficinas de artes industriais, além da participação dirigida dos alunos de 7 a 14 anos em práticas artísticas, sociais e de recreação. Com frequência diária na escola parque, existia um regime de revezamento com o horário das escolas classe, isto é, quatro horas nas classes de educação intelectual e outras quatro nas atividades da escola parque, com intervalo para almoço.
Fonte: Museu da Educação do Distrito Federal
Estrutura
» Área 20.000m²
» 450 lugares — capacidade do teatro
» 4 quadras poliesportivas
» 2 piscinas
A lição de Anísio
Educadores e pesquisadores elogiam os planos de educação criados dentro do Caseb, nos anos 1960, por diversos motivos. Entre eles, está a interação dos estudantes com o mundo fora do limite das paredes escolares, como explica Maria Paula Vasconcelos Taunay, doutora em educação e tecnologia pela Universidade de Brasília (UnB). “O plano urbano de Lucio Costa era ousado e dava à escola pública um caráter polarizador da convivência social. Então, o planejamento elaborado por Anísio Teixeira, a pedido de JK, dialogava espaço, indivíduo e aprendizagem em um ideal de sociedade que visava oferecer à população interações e conhecimentos. Ou seja, nessa orientação, a cidade educa”, avalia. A ideia era que o espaço escolar se ampliasse à urbanidade das superquadras, permitindo conhecimentos além daqueles dos livros escolares.
Porém, a década da construção de Brasília também foi marcada pelo período obscuro da ditadura, que atacou os principais pensadores do país e impediu projetos sonhados para a capital. “Pensar em educação no Brasil é um ato revolucionário. É pilar da resistência acreditar na educação pública de qualidade. Mas esse idealismo que moveu Anísio Teixeira e outros envolvidos no projeto de educação para a sociedade brasileira fez com que eles fossem perseguidos e silenciados pela ditadura militar”, detalha Maria Paula.
Para a pesquisadora, essa descontinuidade das administrações públicas é uma das principais dificuldades na execução dos planos educacionais, mas é necessário continuar seguindo o ideal de educação pública de qualidade. “Essa é uma estrada segura para os árduos tempos em que vivemos”, avalia.
Conceito inovador para a sociedade
“Democracia é, literalmente, educação”. A frase, do educador Anísio Teixeira, está destacada em um muro da Escola Parque 308 Sul, idealizada pelo autor. Mostra como o saber é essencial para a construção de uma sociedade que luta contra a desigualdade, sendo base para as mudanças necessárias de qualquer país. A instituição nasceu em 1960, mas baseada em preceitos modernos que estavam sendo estudados em 1940, como explica Ana Lúcia de Abreu Gomes, professora da Faculdade de Educação da UnB. “Anísio Teixeira aplicou em Brasília uma experiência piloto que ele desenvolveu em Salvador, com a criação do Centro Educacional Carneiro Ribeiro. A proposta era de uma educação que oferecesse, em um turno, as disciplinas tradicionais do currículo e, no contraturno, disciplinas relacionadas às artes de uma maneira geral, à educação física e à profissionalização dos alunos”, explica. As ideias de educação integral completa eram revolucionárias para a época e não era à toa.
Naquele tempo, surgia no Distrito Federal a oportunidade de formação de um novo país. “Havia o entendimento de que na capital recém-inaugurada haveria a emergência de uma nova sociedade brasileira. A educação dos jardins de infância, das escolas classe e parque seriam a matriz desse processo”, conta Ana Lúcia. O planejamento previa a construção de uma escola parque a cada quatro quadras, com atividades que preparavam os alunos para a vida moderna, como aulas de vários segmentos da arte, recreações físicas e até oficinas industriais. Essas aulas complementavam o ensino de outras escolas, permitindo que os estudantes ampliassem os conhecimentos artísticos, físicos e sociais, além de facilitar a inserção futura no mercado de trabalho.
“Os professores tinham autonomia para organizar os planos de aula e realmente acreditavam que a educação poderia ser transformadora. Então, ofereciam encontros a esses alunos com poetas, músicos e escritores. A Escola Parque 308 Sul mobilizou a vida cultural da cidade”, narra a especialista. A arquitetura dialogava com a liberdade de as crianças descobrirem diferentes habilidades. Exemplos disso são as janelas em fita, a integração entre os planos interior e exterior dos colégios e o planejamento de áreas como biblioteca, pavilhões, quadras esportivas, piscinas e conjuntos projetados para música, teatro e exposições.
Memória afetiva
Todos os conceitos aplicados na Escola Parque, construída em 1960, são vistos no dia a dia pelos alunos e lembrados com saudades pelos egressos da instituição. Alzira Maria Lima da Silva, 59 anos, teve sorte. Estudante da instituição entre 1969 e 1975, ela não abandonou esse projeto modelo. “Costumo dizer que eu e a escola somos ligadas pelo cordão umbilical. Desde pequena sou apaixonada por ela, tanto que lembro de um dia, quando eu era criança, que subi naquele brinquedo trepa-trepa e disse para mim mesma que seria professora ali. Hoje, tenho muito orgulho de ver que consegui”, conta.
Alzira é auxiliar de direção na 308 Sul e divide com as recordações de infância o prazer do trabalho da fase adulta, ambos no mesmo local. Ela chegou à capital na década da inauguração, após o pai assumir um cargo público e se mudar com a família.
Matriculada no Centro de Ensino Fundamental 1, na 106 Sul, fazia atividades complementares na Escola Parque. “A gente aprendia a lidar com costura, madeira, pintura em porcelana, cerâmica, caligrafia. E os professores sempre fizeram toda a diferença na vida dos estudantes, porque têm como principais características serem humanos, amorosos e dedicados. Não tinha como não se apaixonar pelo ensino”, comenta Alzira.
A garota cresceu e chegou a trabalhar como secretária parlamentar, mas se lembrou do sonho de infância quando viu um concurso para a Secretaria de Educação e não pensou duas vezes. Aprovada em primeiro lugar, foi convocada em fevereiro de 2001. “Para qual escola me designaram? A Escola Parque. Ninguém imagina a emoção que senti quando pisei lá novamente, para assumir como professora. Hoje, ela consegue continuar o trabalho de aprendizado empático que recebeu quando criança. “Tem aluno que fica apavorado quando é chamado na direção, mas nós não punimos, nós acolhemos. Sempre tentamos entender os motivos dos problemas deles para resolvermos juntos.”
Palco da história
Um grupo de centenas de alunos, de diferentes estados, culturas e contextos, convivendo na mesma escola: era esse o cenário da Escola Parque da 308 Sul, em 1960, quando a instituição deu início às atividades. Mesmo assim, havia algo em comum entre todos: era difícil não gostar de ir ao colégio para aqueles estudantes. É a opinião de Maria da Conceição de Lanna, 68. “Vim de Minas Gerais e foi marcante esse contato com diferentes crianças. Tinha gente do Sul, do Nordeste, de todo lugar. Só não tinha brasiliense! A gente ia aprendendo um pouco da cultura de cada um e os professores incentivavam isso com as dinâmicas. Era uma troca muito boa”, diz a aposentada.
Maria se recorda do choque entre sair de uma cidade do interior para uma grande capital. “Era acostumada a correr pelo mato, ter quintal grande, e vim para um apartamento pequeno de uma cidade desconhecida. Mas, na Escola Parque 308 Sul, fui me adaptando bem, porque era um lugar muito verde, aberto, com espaço para correr. Acho que não tinha nem essas grades de hoje”.
Regina Maris Freitas, 67, também sente falta dessa paz e do clima leve da Brasília recém-inaugurada. “A gente era criança, mas tinha tranquilidade para ir a pé para o colégio. E, dentro da Escola Parque, o sentimento era de liberdade, porque o aprendizado era lúdico como se fosse brincadeira”, classifica.
Outra aluna da época que sente saudades da fase escolar é Dilma Cordeiro, 68. A carioca tem na memória principalmente momentos de prazer dentro da instituição. “O que me marcou positivamente foram os professores extremamente dedicados, as diferentes atividades. A gente tinha aula de teatro e cheguei a ser protagonista de um espetáculo. Para uma criança de 9 anos, isso era incrível! Era uma época do início do grande projeto de Brasília, então havia muita preocupação em colocar em prática um projeto pioneiro de educação. No meio disso, a gente via construções importantes sendo erguidas, convivia com os candangos, que vinham de todo canto. Vivemos o começo da história”, afirma. Ela lembra com clareza e tristeza quando foi instaurado o golpe militar (1964) e a educação modelo começou a perder força.
“A notícia chegou logo cedo, quando a gente estava na escola. As professoras disseram que ninguém podia sair nem entrar, uma recomendação que vinha das rádios. Foi um cenário de horror, porque as crianças ficaram muito assustadas, várias começaram a chorar, apavoradas. Nós olhamos para fora e vimos tanques de guerra passando”, detalha. Foi também durante o período ditatorial que a Escola Parque 308 Sul perdeu um dos principais idealizadores do projeto educacional. Em 1971, Anísio Teixeira foi encontrado morto. A versão oficial é de que a morte tinha ocorrido após uma queda no fosso de um elevador, mas há inconsistências na história.
Versão suspeita
O educador era reitor da UnB no ano de 1964, quando foi instaurada a ditadura militar. Após um período de exílio, ele retornou ao país e, em 1971, desapareceu e só foi encontrado dois dias depois, morto. A versão oficial aponta morte em decorrência de queda no fosso de um elevador, mas, desde o princípio, familiares e amigos perceberam inconsistências na história contada pela polícia. O escritor João Augusto de Lima Rocha produziu a obra Breve história da vida e morte de Anísio Teixeira — Desmontada a farsa da queda no fosso do elevador e conta que ele pode ter sido sequestrado durante período de campanha por uma vaga na Academia Brasileira de Letras e ter sido levado para uma instalação da Aeronáutica, no Rio de Janeiro.
Os desafios da Escola Parque
Há nove anos na direção da Escola Parque 308 Sul, Paulo César Valença explica que, apesar das dificuldades históricas, a instituição continua tendo como base os pensamentos pedagógicos modernos. “O que foi planejado por Anísio Teixeira enfrentou barreiras para prosperar, primeiro porque a demanda das escolas parque aumentou muito e, segundo, por causa do período do golpe militar. Mas nossa preocupação sempre foi construir o conhecimento, não que a aula seja só expositiva. A criança vai percebendo, assim, potenciais que não são reparados no dia a dia de um lugar que só preze os conhecimentos gerais”, detalha.
Para que isso seja feito, Paulo coloca como essencial a visão da criança como um ser humano de direitos. “A gente acredita que os alunos têm que encontrar, no convívio, um espaço para mediação de conflitos, para que eles possam exercer o direito de serem livres, manifestarem as impressões por meio da fala. Quanto mais cedo isso acontece, melhor para o processo educativo deles”.
O diretor se orgulha em dizer que foi esse processo que formou médicos, engenheiros, professores, artistas e diferentes brasilienses que encontraram diversos caminhos para a vida após essa base escolar. “Anísio Teixeira cumpriu a missão que tinha, propiciando uma educação de qualidade para muitas crianças e adolescentes, em Brasília e na Bahia, incluindo quem tinha menos privilégios. E nosso trabalho é continuar esse processo, que acontece até em pequenos detalhes. Desde o ‘bom dia’ que desejamos, estamos trabalhando para formar cidadãos. Falar para o aluno ‘que você tenha um fim de semana maravilhoso’ é ter cuidado com a educação dele, que acontece para a vida, não só na escola. Nosso corpo docente acredita nisso”, finaliza.
A estrutura da instituição favorece esse ensino. Na biblioteca, por exemplo, Amanda Callafange, 24, aprendeu a ter gosto pelos livros. “Cheguei a ler quase um livro por dia. Minha mãe se formou em artes visuais e começou a trabalhar lá (na Escola Parque da 308), depois virei aluna. Então, tinha esse incentivo dela de escolher as obras, levar para casa. Toda a experiência foi muito positiva, porque a gente tinha matérias diferentes da escola tradicional. Enquanto nas outras era matemática, física, na escola parque, era teatro, música, educação física”, lembra a estudante de psicologia.
Fonte: correiobraziliense
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