Páginas

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Uma vacina contra o racismo, segundo Lilian Thuram


 Por: Nuno Raposo,
O mais internacional de sempre dos jogadores franceses, Lilian Thuram, deixou os gramados em 2008. Mas não parou de lutar. Só que passou a fazê-lo fora dos gramados e tendo o racismo como adversário. Nesse âmbito, o antigo defesa esteve ontem em Lisboa onde no Instituto Francês apresentou o seu livro, As Minhas Estrelas Negras - De Lucy a Barack Obama, agora editado em Portugal pela Tinta da China. Uma autêntica vacina contra o racismo, diz-se em França. A apresentação, que decorreu ontem, quinta-feira, ao final da tarde, esteve a cargo do rapper português Chullage, também ele profundamente ligado a esta causa.

«Neste livro, Lilian fez um excelente trabalho, ao contar as histórias de personalidades que nos mostram que, sim, havia história antes daquela que nos é contada na escola, que há outras pessoas que também participaram neste Mundo», disse Chullage, antes de dar a palavra ao antigo internacional francês.

Thuram, que após o Europeu de 2008 criou a Fundação Lilian Thuram - Educação Contra o Racismo, levou cerca de uma centena de pessoas ao Instituto Francês. O futebol e o desporto também marcaram presença na conversa. Mas uma presença secundária e apenas como mote para se pensar nas questões relacionadas com o racismo.

«A seleção francesa de 1998, campeã do Mundo, não era multicultural: era multicor», apontou Thuram, isto numa altura em que a UEFA muito apela à tolerância.

«Nasci em Guadalupe e cheguei a Paris com nove anos e este livro é também, de alguma forma, a história da minha vida», acrescentou o antigo jogador que saiu ovacionado por uma plateia atenta.

Fonte: Abola.

Nenhum comentário:

Postar um comentário