Em As estátuas também morrem, o ânimo da cultura africana é o rosto da morte do imperialismo europeu: donde, as imagens das estátuas neoclássicas, corroídas pela chuva e pelos ventos, no início do filme. Mas também da morte e de como o labor das formas inteligentes lhe faz frente. “O povo das estátuas é mortal” e, um dia, também elas se decompõem. Retenhamos o lamento cravado no coração da Europa do século XX e que este filme nos repete: “Um objecto está morto quando o olhar vivo que pousava sobre ele, desapareceu. E quando nós desaparecermos, os nosso objectos irão para onde nós enviamos os dos negros: para o museu.”
Ficha do filme:
Título em português: As Estátuas Também Morrem
Título Original: Les Statues Meurent Aussi
Realização: Chris Marker e Alain Resnais
Ano: 1953
Argumento: Chris Marker
Fotografia: Ghislain Cloquet
Música: Guy Bernard
Voz: Jean Négroni
Género: documentário
Origem: França
Duração: 30 min
Cor: P/B
Fonte: Buala.
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