Não gosto muito de falar sobre essa temática, mas para mim não é nenhum tabu. Apenas não gosto de me deter naquilo que adoece as pessoas, não por vírus que estejam nelas, mas pelas endemias de seus entornos. O preconceito é endêmico!
De modo geral não enfrento muitas situações desse tipo, pois as pessoas de todas as cores gostam de conviver comigo, me acham uma pessoa legal, inteligente, sei cantar, dançar, me expressar e dinamizo ambientes. Portanto, consigo “me safar” num mundo onde o negro é visto quase sempre de uma forma diferente.
Os jovens brancos tem nome e os jovens negros costumam ter nome e adjetivo. Por exemplo, João e Pedro são amigos de Maria. João é negro, Pedro é branco. Maria vai falar de seus amigos para outra amiga e diz: Amanhã vou sair com Pedro e João (aquele meu amigo negro). É instantâneo, quase sem perceber, mas o é! Uma peste!
Mas, o pior é a delimitação de ambientes. Apesar de o país ter maioria de sua população autodeclarada de cor negra, muitos ambientes no país, mesmo sem admiti-lo são restritivos. Pessoas negras que entram em um desses ambientes recebem tantos olhares que os evitam.
Um dia vi uma família de pessoas negras andando num domingo por uma rua de um bairro da zona oeste da cidade de São Paulo, como se estivessem em busca de um restaurante… mas estavam tímidas, olhares distantes, como se tivessem medo. É a peste do preconceito que bloqueia aqueles que respiram o ar onde o mesmo ocorre.
Nessas horas dá vontade de chorar, pois pensamos o quanto isso restringe as possibilidades de crianças e jovens que crescem sem liberdade.
O PRECONCEITO É UMA DOENÇA QUE ADOECE, BLOQUEIA E RESTRINGE.
E SÓ QUEM É OU CONVIVE COM SABE DO QUE ESTOU FALANDO.
Fonte: Blog Dinalemanha.
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