A IV Marcha contra o genocídio do povo negro, realizada em Salvador, em 29 de agosto de 2016, foi precedida pelo II Encontro de Formação Panafricanista e da inauguração da Escola Nacional de Formação e Ação Comunitária Panafricanista Winnie Mandela, no Engenho Velho de Brotas, para crianças de 9 a 12 anos. Na manhã do dia 29, a Organização Reaja ou Será Morta, Reaja ou Será Morto, também organizou uma homenagem a três jovens negros executados pela polícia em 2013, no Solar Boa Vista, também no Engenho Velho. Luciano, um dos meninos mortos, era conhecido como Surfista, porque sonhava ter um dia uma prancha e surfar. Sem dinheiro para isso, Surfista plantou flores pelo bairro. Girassóis eram as preferidas. Onde ele e seus amigos foram executados, militantes da Reaja ergueram um monumento de madeira e plantaram girassóis. O pastor e professor Allen Dwigt Callahan lembra a canção que negras e negros americanos que lutavam pelos direitos civis cantavam na marcha de Selma, no estado do Alabama (EUA), na década de 60, para suportar o racismo, o ódio e a repressão policial. O hino We Shall Overcome (Nós iremos superar obstáculos) foi cantado em português. Um babalorixá cantou para Yansã e Xangô, orixá da Justiça, um muçulmano lembrou as perseguições aos adeptos do Islã.
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IV Marcha contra o genocídio do povo negro from Lena Azevedo on Vimeo.
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Fonte: Lena Azevedo.
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