Faixa de introdução do Álbum "Mosaicultura" pré produzido entre 2005 e 2008. O álbum está sendo gravado e será lançado (finalmente) em 2014.
Com Licença.
Refrão
Eu aqui peço licença
Pra na sua casa entrar
Pode aumentar o volume
Deixe o vizinho reclamar
Chame o cumpadi e a cumadi
D amais velha ao mais moço
Nois vamo bater cabeça
Até doer o pescoço.
É pra quem gosta de rap, embolada, ragga
Na parede Tupac, Frida Kahlo, e Luiz Gonzaga
Traga as criança pra sala
Bota o sofá lá pra fora
Se tu só fala faz tempo
Agora chegou a hora
Aumente o volume
Vai pra preta e pro preto que se assume
E sabe o preço que se paga nessa exploração
Porque uma carta ou carteira não acaba com a escravidão
São tambores conversando em mãos calejadas
Que constroem tanta coisa e acabam com nada
Se os filhos desse solo a mãe gentil abandonou
O pandeiro reclamou na batida da embolada
Refrão
Eu aqui peço licença
Pra na sua casa entrar
Pode aumentar o volume
Deixe o vizinho reclamar
Chame o cumpadi e a cumadi
D amais velha ao mais moço
Nois vamo bater cabeça
Até doer o pescoço.
Não tô no fundo do poço
Nem tô passando sufoco
Sei que é difícil esse oficio
Isso é o pouco que faço
Eu tô passando o chapéu
Pra pelo menos tentar
Dentro dele tem meu disco
Pega pra tu divulgar
O preço que cê vai pagar é teu esforço pelo meu
Esse é pra você tocar naquela chance que o DJ prometeu
Dê uma de xarope na festa do parceiro
“vai tocar o do D2? Toca esse aqui primeiro”.
Pode até tocar depois se o DJ for ao banheiro.
Se o lugar já é um forno
Tocar rap é um desespero?
O repertorio é temperado com remix e afins
Pode tocar aquele samba que é sample do Ivan lins
Refrão
Eu aqui peço licença
Pra na sua casa entrar
Pode aumentar o volume
Deixe o vizinho reclamar
Chame o cumpadi e a cumadi
D amais velha ao mais moço
Nois vamo bater cabeça
Até doer o pescoço.
São vários giga de informação
Acorde on, acorde off
O som binário da canção
Sample de pandeiro com sanfonas digitais
Reconstrói ou desconstrói os seus conceitos culturais.
Ela deixou a cozinha e que se virem os macho da casa
Botou o disco pra rodar e foi fazer uma prosa
“A agua chegue pra quem tem sede”
Mp3 pros piratas conectados a rede
Redescobrindo raízes sem preconceitos e mitos
Expropriando valores que nos jamais foram ditos
É nisso que acredito. É nessa luta que eu tô
É cultura popular a preço de camelô
Agora peço licença
Para me arretirar
Fico muito agradecido
De você me escutar
Se quiser ouvir de novo
É só botar pra repetir
Se quiser ouvir o resto
Deixe o disco seguir.
Fonte: Soundcloud/Higo Melo.
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