Páginas

terça-feira, 23 de julho de 2013

VI Latinidades – Festival da Mulher Afro Latino Americana e Caribenha


Um festival da Afro-diáspora!

Em sua 6ª edição, o Latinidades – Festival da Mulher Afro Latino Americana e Caribenha será realizado em Brasília, de 19 a 27 de julho, sob o tema: Arte e Cultura Negra – Memória Afrodescendente e Políticas Públicas. O projeto desenvolve Desenvolve ações de formação, capacitação, empreendedorismo, economia criativa, cultura e comunicação e traz ampla programação artística com shows, exposições, lançamentos literários, entre outros.

Envolve anualmente diversos estados brasileiros, com crescente participação internacional. Desenvolve diálogos com o poder público, organizações não-governamentais, movimentos sociais e culturais, universidades, redes, coletivos e outros grupos. Constitui, também, um espaço para convergir iniciativas do estado e da sociedade civil relacionadas ao enfrentamento do racismo, sexismo e promoção da igualdade racial.

Latinidades é considerado hoje o maior festival de mulheres negras do país. Em 2013 vai falar de memória afro-descendente no fazer contemporâneo e a necessidade efetivar políticas públicas para a cultura negra. Pretende discutir temas atuais trazendo a herança ancestral de parte do que o povo afro-latino incorporou, recriou e hoje apresenta nas diversas linguagens, demandas e áreas de atuação.

Latinidades 2013: música, teatro, fotografia, moda, dança, espiritualidade, artes visuais, contação de histórias, ruas de lazer, esportes, lançamentos literários, palestras, debates, oficinas e muito mais!!!

Tema 2013: Arte e Cultura Negra – memória afrodescendente e políticas públicas

O tema foi escolhido a partir do entendimento de que a sociedade e o estado brasileiro tem uma grande dívida histórica no que diz respeito ao fortalecimento e valorização da cultura negra e suas manifestações artísticas. Em toda América Latina e Caribe a situação se assemelha. Também por considerarmos a cultura um campo estratégico para discutir e trabalhar questões relacionadas ao machismo e ao sexismo.

Certa vez a ativista e filósofa Sueli Carneiro afirmou que tudo o que existe de mais popular e erudito no Brasil diz respeito à cultura negra. De que forma está tratada esta cultura em termos de politíticas públicas? Como propor e garantir que os saberes orais e ancestrais sejam considerados nos editais, chamadas públicas e outras linhas de fomento e incentivo? Como garantir que as manifestações negras sejam vistas para além da folclorização e exotismo? Que pesquisas temos com indicadores relacionados à economia da cultura afro-brasileira e afro-latina? Como esta cadeia promove, formaliza e agrega atrizes e atores negros? Qual a melhor forma de inserir no mercado de trabalho e tirar da informalidade agentes da cultura negra? Quais programas e projetos preveem capacitação nas áreas relacionadas à cadeia produtiva da cultura e que podem nos atender? Que linhas de crédito específicas temos para empreendedoras e empreendedores negros e que trabalham com cultura negra?

O tema de 2013, além de buscar o debate sobre políticas públicas, pretende dar visibilidade à cultura afro-latina e agumas de suas manifestações, sobretudo considerando o recorte de gênero. Rediscutir a influência da arte de matriz africana no contexto da produção artístico-cultural, promover e fortalecer a memória identitária afro-latina, trazer à tona origens e nuances sobre nosso imaginário coletivo.

Em 2003, a lei nº 10.639 passou a exigir que as escolas brasileiras de ensino fundamental e médio incluíssem no currículo o ensino da história e cultura afro-brasileira. Diante da lei, o projeto propõe, ainda, forte diálogo entre cultura e educação, por meio de debates, oficinas, rodas de conversa e apresentações artísticas. Como diria o ativista negro, rapper e poeta GOG, “educação sem cultura é treinamento”.

Outras edições

Criado em 2008. anualmente o projeto aborda temáticas que se desdobram em oficinas e mesas de debate com especialistas de todo o país, bem como convidadas/os internacionais. O resultado das experiências e falas dessas/es especialistas resultam em uma publicação-referência, disponível para download gratuito no espaço Afrodigital.

A primeira atividade aconteceu na Casa Roxa, sede da Associação Lésbica Feminista Corturno de Vênus, na Região Administrativa do Guará, Distrito Federal.
















Em 2009 foi realizado evento sob o tema Mulheres Negras na Comunicação, no Sindicato dos Urbanitários do Brasil e na Praça Zumbi dos Palmares.












Em 2010, em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Ipea, foi realizado na Esplanada dos Ministérios, no formato de três dias de seminários e um de apresentações artísticas, sob o tema Censo, o qual deu origem à publicação Latinidades – Censo e Políticas públicas para as Mulheres Negras. A programação agregou desfile de moda baseado nas vestimentas de santo, feira de afro-negócios, seminários e debates.




O tema do festival no ano de 2011 foi Mulheres Negras no Mercado de Trabalho e também esteve inserido no contexto da programação da II Conferência do Desenvolvimento – CODE, promovida pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada – Ipea.





Em 2012 o tema foi Juventude Negra, quando se reuniu, em uma semana, cinquenta mil pessoas, dez shows, três performances teatrais, cinco lançamentos literários, dois dias de Feira Preta com vinte stands de cinco estados brasileiros e, ao final, a organização da publicação com o mesmo tema.



Nenhum comentário:

Postar um comentário