Por Maria Rita,
#Griteporelas nasce da necessidade de questionar a falta de estatísticas sobre a vida das mulheres negras; nasce pedindo o recorte racial em pesquisas, dados e estatísticas.
Quantas das mulheres estupradas a cada 11 minutos são negras? Quantos dos mais de 4.000 feminicídios anuais atingem mulheres negras? Quantas das mulheres agredidas a cada 4 minutos são negras?
Em uma sociedade fundada nos pilares do racismo podemos deixar de nos questionar sobre nossos números, sobre o porquê da nossa realidade ser escondida? Em uma sociedade onde até ontem éramos escravizadas podemos nos sentir seguras?
Com nossas vidas invizibilizadas, com nossas especificidades apagadas, nós mulheres negras ainda lutamos para nos levantar contra a mistura cruel de racismo e machismo, e sobrevivermos.
Vistas como corpos sempre disponíveis, vítimas do esteriótipo da mulher boa de cama, “negra fogosa” e “mulata cor-de-pecado” estaríamos nós a correr um maior risco ser vítima de violência sexual? E a ter esta violência naturalizada?
Sem acesso ao mesmo nível educacional e índice de renda que mulheres brancas, muitas de nós dependem de relações abusivas para própria sobrevivência e a de nossos filhos. Não estamos então, ao menos, tão propensas quanto a qualquer outra mulher a estar sofrendo violência doméstica?
Quais são as taxas de suicídio entre mulheres negras? Qual a situação de nossa saúde mental uma vez que nossos filhos, irmãos e pais são mortos, todos os dias, pelo estado que deveria nos proteger? Quantas de nós este mesmo estado matou ou encarceirou?
São tantas as perguntas sem resposta que a nós, resta apenas perguntar: A quem interessa que nossa realidade seja apagada? A quem interessa o mito de uma sociedade cruel, mas igualitária em suas crueldades? A quem interessa que estejamos sendo mortas, agredidas e violentadas em silêncio? Até quando mais?
#Griteporelas, porque sim, somos #portodaselas, mas quem será por nós a não ser nós mesmas? E como ser por todas nós se desconhecemos quem e quantas somos?
Use a # e faça sua denuncia, explicite um acontecimento , grite por você, pela sua mãe, tia, avó, grite pelas mulheres negras a sua volta, grite por nós, nos ajude a fazer esta conta e a tentar apontar e trabalhar para resolver os problemas que nos afetam no silêncio e no apagamento.
Acompanhe a iniciativa e seus resultados no instagram o Blogueiras Negras – @blogueirasnegras.oficial
#Griteporelas nasce da necessidade de questionar a falta de estatísticas sobre a vida das mulheres negras; nasce pedindo o recorte racial em pesquisas, dados e estatísticas.
Quantas das mulheres estupradas a cada 11 minutos são negras? Quantos dos mais de 4.000 feminicídios anuais atingem mulheres negras? Quantas das mulheres agredidas a cada 4 minutos são negras?
Em uma sociedade fundada nos pilares do racismo podemos deixar de nos questionar sobre nossos números, sobre o porquê da nossa realidade ser escondida? Em uma sociedade onde até ontem éramos escravizadas podemos nos sentir seguras?
Com nossas vidas invizibilizadas, com nossas especificidades apagadas, nós mulheres negras ainda lutamos para nos levantar contra a mistura cruel de racismo e machismo, e sobrevivermos.
Vistas como corpos sempre disponíveis, vítimas do esteriótipo da mulher boa de cama, “negra fogosa” e “mulata cor-de-pecado” estaríamos nós a correr um maior risco ser vítima de violência sexual? E a ter esta violência naturalizada?
Sem acesso ao mesmo nível educacional e índice de renda que mulheres brancas, muitas de nós dependem de relações abusivas para própria sobrevivência e a de nossos filhos. Não estamos então, ao menos, tão propensas quanto a qualquer outra mulher a estar sofrendo violência doméstica?
Quais são as taxas de suicídio entre mulheres negras? Qual a situação de nossa saúde mental uma vez que nossos filhos, irmãos e pais são mortos, todos os dias, pelo estado que deveria nos proteger? Quantas de nós este mesmo estado matou ou encarceirou?
São tantas as perguntas sem resposta que a nós, resta apenas perguntar: A quem interessa que nossa realidade seja apagada? A quem interessa o mito de uma sociedade cruel, mas igualitária em suas crueldades? A quem interessa que estejamos sendo mortas, agredidas e violentadas em silêncio? Até quando mais?
#Griteporelas, porque sim, somos #portodaselas, mas quem será por nós a não ser nós mesmas? E como ser por todas nós se desconhecemos quem e quantas somos?
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