Há 60 anos, a costureira Rosa Parks se tornou referência na luta antirracismo nos Estados Unidos.
Por Andréa Martinelli,
Na década de 50, em Montgomery, no Alabama, as leis de segregação racial ainda regiam a vida das pessoas.
E era comum que uma mulher negra ficasse escondida e em segundo plano quando próxima de uma mulher ou homem branco em algum ambiente público ou até mesmo na rua. Mas em 1 de dezembro de 1955, Parks fez história.
Naquela época, as primeiras filas dos ônibus eram, por lei, reservadas para passageiros brancos. Atrás ficavam os assentos permitidos para negros.
Rosa Parks utilizava um desses ônibus para ir e voltar do trabalho. Neste dia, ela sentou-se em um dos lugares reservados aos brancos.
Quando o motorista exigiu que ela e outros três negros se levantassem para dar lugar a brancos que haviam entrado no ônibus, Parks se negou a cumprir a ordem.Ela continuou sentada e, por isso, foi detida e levada para a prisão.
A atitude de Parks motivou um boicote aos ônibus da cidade e milhares de negros se recusaram a tomar ônibus a caminho do trabalho o que provocou protestos em diversos locais do país. O The Guardian lembrou o momento em imagens.
Dez anos depois, o movimento negro ganhou ainda mais força ao lado de Martin Luther King — em 1965 aconteceu a marcha de Montgomery até a cidade de Selma, que virou até filme — ganhador do Oscar de melhor música em 2015 –.
A partir destas e outras ações, foram estabelecidas as Leis dos Direitos Civis, que trouxeram melhorias para a vida dos negros. Mas, ainda hoje, a disparidade social nos EUA é grande.
Fonte: Brasil Post .
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