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sexta-feira, 9 de maio de 2014

Música independente por mulheres negras – Parte I



A música independente, pra quem acompanha seus diversos estilos, está repleta de homens e mulheres, brancxs. É bem complicado você pesquisar músicos e bandas com a totalidade dos integrantes de pessoas negras, se falarmos nestas modalidades maismodernas de música, aí fica bem mais complicado se quisermos notar mulheres negras.

Vi recentemente, este link, com 30 mulheres negras da música independente. São todas gringas mas é super válido ouvir todas essas vozes, são trabalhos muito bons e eu separei alguns aqui pra nós, da clássica R&B até a coisa mais undergound, passando do clássico pro quase experimental.

Começamos, então, com a clássica levada R&B. Eu não conhecia o trabalho dela e gostei bastante. Rochelle Jordan é Canadense, usa o nick RO-JO. Os vocais dela dão aquela variada do soul sem deixar pra trás as referências das divas do R&B. Esta seleção abaixo é o EP Pressure, lançado em 2012. No BandCamp da RO-JO, existem algumas faixas gratuitas pra serem baixadas e todas podem ser ouvidas!


Já nos ritmos menos modernos, mas ainda mais novos que o R&B, pra quem gosta daquela coisa melodia + voz, o folk da Jennah Bell pode agradar, com facilidade. Com aquele tipo de melodia bem clássica da música indie/folk, ela fala de comportamento, sentimentos, fases da vida e essas coisas mais cotidianas de pessoas apaixonadas e/ou buscando alguns sentidos na vida em geral. Jennah é de Oakland e tem seus vinte e poucos anos. Ela tem uma levada de jazz bem interessante também, aquele tipo de música que eu escutaria pra me concentrar, ou andar de manhã por aí. Além disso, ela faz parte dessa nova leva de artistas independentes que usam o Soundcloud pra compartilhar seus trabalhos e dentro dessa plataforma de música na nuvem, várias rádios independentes surgiram. O trabalho abaixo é da rádio OkayPlayer e depois dessa música, ainda tem uma sessão ao vivo inteira pra ouvir!


Mantendo a linha moderna e vintage, Amma Whatt traz aquela batida conhecida. Uma base bem feita, backing vocals tonalizadas, um conjunto sonoro delicioso de acompanhar! Ela nasceu no Brooklyn e talvez seja a melhor referência dela para os beats produzidos no EP Maybe. As bases vão de um lounge bem eletrônico até um quase beatbox e este EP dá aquela sensação de passar rápido, daqueles que você escuta duas ou mais vezes e demora pra perceber a repetição. Ela é uma das minhas preferidas até agora!

A faixa disponível abaixo é a primeira do lançamento, que pode ser adquirido pelo BandCamp da moça também. E ah, o site dela é LINDO!


Em uma levada bem mais soul, como na referência, Denitia Odigie faz música “suave como manteiga”. Pra quem gosta da Sade, ela é uma ótima dica! Ela é tão maravilhosa e calma que tem um álbum com o título “Sunsets”, que é realmente muito bom pra esse horário de pôr do sol. O último lançamento dela por ser encontrado tanto no seu SoundCloud quanto no BandCamp, outros trabalhos anteriores dela também podem ser encontrados mas no BandCamp estão mais organizados!


Ainda tranquilas, outra preferida! Nuela Charles já começa a conquistar pela arte dos trabalhos que ela divulga. Ela pode se enquadrar em diversas categorias da música. Consideraremos ela como uma artista POP, mas só de ouvir a faixa Good In Me do álbumAware, a gente consegue perceber que ela carrega muito R&B consigo. Ela ainda impressiona nas viradas das músicas, a composição das músicas vai além do que esperamos de uma artista POP, no geral. Além da voz, ela arrasa muito no site também, tem até EP pra baixar de graça! Você consegue encontrar a Nuela Charles no SoundCloud, BandCamp e vários outros canais.


Pra fechar com o mais underground possível, o tesouro mais precioso do link de referência. Teresajenee não tem uma definição de categoria musical e exatamente por isso ela se faz o tesourinho, realmente me apaixonei pelo trabalho dela, desde sua música até alguns outros detalhes. Ela vai além da descrição dos seus canais, se diz beatmaker, mas podemos dizer que ela usa os sintetizadores tão bem que a categoria soul/pop/eletro/synth podia ser criada especialmente pra ela. Uma coisa meio hip hop, jazz.. Vou deixar a categoria pra lá e aproveitar o som dela.

No SoundCloud, alguns trabalhos podem ser ouvidos, mas pouca coisa. Mas o site dela é uma fofura. Depois de dar as boas vindas e dizer que o conteúdo é apenas musical, se você clicar no logo vai direcionar sua navegação pro Tumblr da moça, que tem um diário alimentado com frequência, dá pra ter uma ideia de onde ela pega as referências e é legal também porque dá pra acompanhar melhor as ideias da artista.

Aqui a gente escuta a faixa DiscoTrap, do álbum Eletric Yellow, um dos trabalhos mais recentes dela. No BandCamp todo o trabalho digital dela pode ser ouvido e comprado!


Claro que existem inúmeras outras mulheres negras incríveis na música!
Este é só um recorte pequeno dentro das pesquisas que podem ser feitas. Você tem indicações? Posta aí nos comentários!


Referência: Forharriet.com

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Nênis Vieira é lésbica, adora videogames e jogos online, gostaria de assistir mais filmes e séries mas nunca consegue acompanhar, prefere ouvir músicas novas e também escreve pro CanalSAP com muito amor.

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