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segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Campanha #EuPareçoCientista tenta quebrar estereótipos de profissionais - #hashtag


por Mateus Camillo,
Como é um cientista pra você?

Provavelmente a primeira imagem que vem à cabeça seja a do físico alemão Albert Einstein. Um homem branco, velho, talvez com cabelo desgrenhado.

Uma campanha no Twitter quer mostrar que não é bem por aí.

Não existe uma identidade única de cientistas. São inúmeros profissionais pelo mundo de cores, idades e origens socioeconômicas das mais diversas. Os temas estudados também são amplos, seja nas exatas, humanas ou biológicas.

O movimento começou em inglês (#ILookLikeAScientist) e ganhou uma versão brasileira, a #EuPareçoCientista.

Cientistas publicam uma espécie de mini biografia, com nome, profissão, área de pesquisa e curiosidades e hobbies.

A hashtag chegou a virar um dos assuntos mais comentados durante a semana passada.

Confira algumas publicações, com curadoria da minha colega de Folha Sabine Righetti, professora e pesquisadora da Unicamp.
Eu sou Paulina e #EuParecoCientista
Formada em Física Biomolecular, trabalho em Materiais, primeiro em processamento de materiais a laser (LIFT) e agora, no mestrado, com caracterização e análise de Biomateriais (corais!); sou maluca por extracurriculares e sou atleta. pic.twitter.com/6dd3aJr9BW
— ZIKAtômica 2020 (@zikafrom802) January 9, 2020
Sou a Fernanda e #EuParecoCientista
Me graduando em Astronomia, estudo como umas estrelas nervosinhas afetam o disco de gás que elas cospem.
Tbm gosto de fazer uma divulgação com um pessoal daorinha.
Minha alma foi vendida pros animais, em especial esses dois, Fredy 🐕 e Duque 🐎 pic.twitter.com/F35vKLu3jp
— Fernanda Nogueira (@febanog) January 9, 2020
Meu nome é Andressa e #EuParecoCientista . Sou Física e faço mestrado em Eng. Aeronáutica. Pesquiso sobre redução de ruído em aeronaves, para que a população que mora em regiões de aeroportos não sofra mais com estresse, perda de audição, hipertensão e baixa produtividade. pic.twitter.com/RVaymYEpLq
— andy (@FISlCAT) January 8, 2020
#EuPareçoCientista Sou Jeferson, sou mestre em Ciências farmacêuticas e doutor em microbiologia e imunologia. Estudo o perfil epidemiológico de bactérias e fungos multirresistentes e também analiso potenciais bioativos antimicrobianos em extratos vegetais . pic.twitter.com/FmzzUOck2m
— Jeferson Jr Silva (@JefersonJr6) January 8, 2020
Me chamo Ismael e eu #EuParecoCientista sou Eng°Agrônomo, especialista em Geotecnologias e Recursos Naturais, mestrando em Ciências Ambientais e estudo agricultura familiar em assentamentos de reforma agrária na região do Sudeste Paraense. pic.twitter.com/sPJgddIQIR
— Ismael Amorim (@mael_amorim) January 9, 2020
Me chamo Marla e #EuParecoCientista, sou Eng de Produção, faço especialização em Gestão da produção industrial e sou mestranda em Ciências Ambientais. Eu estudo cooperativas com modelos de economia extrativista de base sustentável na Amazônia, p/ o avanço de uma economia circular pic.twitter.com/seEDsAvkSe
— Marlandra (@marlandraa) January 9, 2020
Sou Brenda e #EuPareçoCientista
Sou formada em Química e doutoranda em Nanociências e Materiais Avançados. Estudo novos materiais semicondutores pra utilização fotoeletrocatalítica em células solares pra incentivar e tornar acessível o uso da energia solar (que é limpa/renovável) pic.twitter.com/8UnhC82B3Z
— lili carabina (@BrendaaaLima) January 9, 2020
Até o reitor da Unicamp entrou no movimento.
E entrou para o Moments do Twitter
Quem começou a campanha no Brasil foi a astrofísica Camila de Sá Freitas, mestranda do Observatório do Valongo, da UFRJ.
— C. Esperança - tentando virar mestre de galáxias (@safreitas_c) January 7, 2020
Cara de maluco antissocial? Bem longe de ser verdade, escreveu Camila.
Eu estou dando rt em cientistas que usam a tag #EuPareçoCientista pra vocês verem que o esteriótipo do cientista como um cara maluco não social não prevalece! hahahah
Espero que vocês tenham achado bastante gente bacana pra seguir, são muitos trabalhos legais!!! https://t.co/25yyVyJxxd
— C. Esperança - tentando virar mestre de galáxias (@safreitas_c) January 8, 2020
Lembrando que a pasta de Ciência tem sido uma das mais afetadas com cortes de verba na gestão Jair Bolsonaro, colaborando para aumentar a fuga de cérebros no país.

A ciência tem papel fundamental no desenvolvimento de uma nação. Como vimos nos exemplos acima, são estudados muitos temas complexos que resultarão no progresso da sociedade brasileira.

Fonte: blogfolha

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